Qualquer discurso de concorrente a Misse de qualquer coisa, tem nos votos de paz, liberdade, direitos das crianças, fim da pobreza e da fome, os seus lugares comuns de eleição. Magníficas utopias que, de resto, na sua mediania habitual, os discursos da política institucional raramente ultrapassam na sua retórica pelo mesmo tipo de banalidades com que as Misses enredam o pensamento em círculos intermináveis. Mas não respondem à questão subjacente, cuja pertinência até preocupa ilustres ET’s: “… quanta vida suporta a Terra e em que condições?Por agora, estamos a suportar a população com os combustíveis fósseis; estes não são infinitos e podemos deparar-nos de repente com várias vezes a população que a energia que recebemos do Sol pode sustentar.”
A dúvida não é nova. Há séculos que hordas de futuristas, nem sempre malthusianos, se dedicam a periódicos assaltos aos mistérios do futuro. Hoje, à cabeça desses novos exércitos, temos a mui respeitável e multicultural ONU . Diferentes épocas, novos sponsors e equipamento topo de gama, mas a estratégia de sempre para abordar o tema. Basicamente, continuamos a partir de um paradigma, inventariam-se os recursos , atribui-se uma ponderação à tecnologia disponível, estimam-se produtividades, inventa-se um coeficiente de caganço e, consoante os interesses do patrocinador ou a tese pré - formatada do autor, assim o resultado final. Nestes, encontram-se números para todos os gostos. E para afirmar isto não é preciso que se subentenda que estou a pôr em causa a seriedade de quem o faz. Não é isso. O que se passa é que a realidade global não se rege pelas mesmas premissas das suas variantes locais.
A dúvida não é nova. Há séculos que hordas de futuristas, nem sempre malthusianos, se dedicam a periódicos assaltos aos mistérios do futuro. Hoje, à cabeça desses novos exércitos, temos a mui respeitável e multicultural ONU . Diferentes épocas, novos sponsors e equipamento topo de gama, mas a estratégia de sempre para abordar o tema. Basicamente, continuamos a partir de um paradigma, inventariam-se os recursos , atribui-se uma ponderação à tecnologia disponível, estimam-se produtividades, inventa-se um coeficiente de caganço e, consoante os interesses do patrocinador ou a tese pré - formatada do autor, assim o resultado final. Nestes, encontram-se números para todos os gostos. E para afirmar isto não é preciso que se subentenda que estou a pôr em causa a seriedade de quem o faz. Não é isso. O que se passa é que a realidade global não se rege pelas mesmas premissas das suas variantes locais.
Esta discrepância entre realidades tem a ver (1) com a multiplicidade e variabilidade dos factores que interferem na dinâmica das populações e na geração de recursos que utilizam, (2) com as metodologias e os instrumentos de análise disponíveis para a sua representação, e (3) com os pressupostos de gestão subjacentes.
Vejamos se consigo explicar porquê.
Há várias razões para que seja incontrolável ( no sentido em que escapa à compreensão exacta ) a dinâmica das populações em interacção ecológica à escala global. Mas aquela que a meu ver é a mais importante tem a ver com o comportamento característico dos grandes números que estão envolvidos. É que, na grande escala, a necessidade de traduzir a realidade por indicadores para a compreender, reduz a variáveis aleatórias a essência do que se pretende representar. Aleatórias porque as medidas de tendência central, sejam médias, medianas ou normas, reduzem necessariamente os limites ( distribuição ) do universo em estudo a uma identidade fictícia que tem um valor indicativo mas não é medida de governabilidade de grande escala. Um desvio de 1% de qualquer coisa cujo universo é da ordem da potência de milhão significa milhares de mortos de fome ou mega toneladas de alimentos deitadas ao mar. Ou seja, embora quatro seja o dobro de dois, o dobro de duzentos milhões não “é só” quatrocentos milhões. Quer isto dizer que a facilidade com que o gnocchi al tuno previsto para o jantar a dois desenrasca também o jantar do casal de amigos que inesperadamente apareceu de visita, não tem nada a ver com as implicações logísticas duma eventual redistribuição por quatrocentos milhões do que aparenta ser bastante para duzentos milhões. As regras da proporcionalidade vacilam e os métodos de representação estatística claudicam perante a natureza não linear do real complexo em grande escala. E os valores preditivos que se procuram, mesmo quando se apoiam em dados aparentemente fiáveis, não resistem a um auditoria que inclua uma estimativa da incerteza a eles associada.
A este comportamento atípico da realidade associam-se as razões de composição do universo em estudo. O Mundo não é uma entidade uniforme onde os condicionalismos de localização possam ser descartados por irrelevantes, pois um todo em interacção dinâmica nunca é igual ao mero somatório das suas partes que não são estáticas. Apesar das derivas em sentido contrário, continuamos subordinados à preponderância da casualidade (geográfica, por exemplo) em relação à técnica. Por isso a gestão do Mundo não pode ser vista como a gestão de uma grande empresa. Mas há ainda outra razão para isso. É que o Mundo não é uma comunidade de interesses. A territorialidade e a conflitualidade a ela associada são variáveis determinantes deste jogo da Vida . Em face delas, os concretos sociais contratualizados são válidos mas apenas enquanto não se confrontam em condições extremas. Nessas, todas as regras se alteram e ignorar isso é negar a memória da História.
Da impossibilidade de construir um polinómio credível para solucionar a questão “quantos cabem”, decorre a minha convicção de que ela não tem resposta útil em contexto de ecologia humana, pelo que qualquer exercício que se faça nesse sentido redundará sempre num produto de academismo redutor, ultrapassado a cada instante por um devir que não se controla.
Mas estas derivas peregrinas pela tentativa de tentar controlar o incontrolável encerram em si perigos complexos. Um deles é o de remeter para uma burocracia global ( mercado do carbono, p.e.) que, ao tentar estabelecer-se, instala um tipo de racionalização necessariamente simplificadora. Como simplificar o real implica reduzir-lhe a variabilidade, logo a diversidade, essa deriva também nos torna mais susceptíveis à imprevisibilidade do futuro, pois a diversidade é recurso em si mesma, como bem viu o alien dos oito estômagos quando nos fez saber entre visitas ao frigorifico da casa onde se acolhe que “ a nossa sobrevivência está de novo dependente de coisas que não controlamos. Quando a produção de alimentos era diversificada, um azar num lado podia ser compensado por outro. Mas com a centralização e a produção em grande escala, a escala dos "azares" passou a ser outra porque perdeu-se diversidade - diversidade de espécies cultivadas, diversidade de locais de cultivo…”
Portanto, mais que na dificuldade ou na diversidade de respostas possíveis, o problema de “quantos cabem “ está nos pressupostos da pergunta. Isto porque perante a complexidade da organização do algoritmo da resposta, ela seria sempre o resultado de todas as simplificações inevitáveis, indutoras de ilacções à-la-Palisse do tipo das que nos fornecem alguns neo-malthusianos como os nobilitados Gore & IPPCC: o clima não é constante! Pois! Brilhante novidade !!! O mesmo se passa com a capacidade de carga, que também não é constante, variando desde logo ( e muito ) com o clima, por exemplo.
Então a pergunta não faz sentido? Faz, mas não à escala global. É nas sinergias de proximidade de matriz regional de pequena e média escala que temos de procurar as faixas de tolerância dos ecossistemas em que a vida se pode reproduzir com alguma continuidade. É nessa escala que a variância das estimativas de incerteza se torna aceitável e é ainda ela que torna exequíveis princípios de precaução elementares. Um deles e de grande importância é a autonomia energética e tudo o que ela implica. Não, não é de gasolina para ir ao cinema e à praia que falo, mas de calorias, i.é, energia metabólica, quero dizer, comida, ou seja, aquilo sem o que não funcionamos e ponto final.
20 comentários:
Parece-me bem que lancemos contas à vida e encaremos o futuro com responsabilidade… mas quando isso é lançar contas à sorte, pretender formatar as opções do futuro (impondo a nossa vontade sobre os outros), é quiromancia, bruxaria e idiotices que podem ser muito perigosas, já hoje!
Aqui discute-se seriamente este assunto e desmontam-se precipitações mediáticas.
Manuel
Por isso, tendo em conta o que diz sobre esse estranho coeficiente, fico preocupado com a falta de qualidade da mente cognitiva dessas pessoas que lideram a "massa": esta sociedade de consumo é preocupante não tanto pela devastação da natureza mas sobretudo pelo desenraizamento do homem. Este está cada vez mais privado do pensamento do sentido, dado o pensamento calculista tomar conta de tudo, entregando-se à própria autodestruição.
Porém, a situação portuguesa é historicamente preocupante, porque nunca produziu pensamento genuíno e, sem ele, facamos indefesos: a metamorfose não é levada a cabo e estamos cada vez mais mergulhados na penúria. Portugal está numa situação mesmo má: sem futuro...
Mais: os tugas vão ao cinema de carro e gastam energias irracionalmente, mas estão "tesos": a pobreza envergonhada é o opressor nacional, o inmigo da mudança de atitude. Cá dentro tentam impressionar os outros com a exibição daquilo que não têm; lá fora (nova vaga de fuga para fora em busca de emprego) são escravos e submissos. Pobres Et's!
Proponho outro coeficiente: o da burrice!
o meu percurso mental sobre este problema é semelhante os seu; e, tal como o manuel, conclui que faz todo o sentido começar a fazer estas contas regionalmente.
Não sei se o Manuel está a pensar fazer contas nessa base. Mas é como diz, são tantos os parametros e as margens de erro... mas podemos pelo menos pensar um pouco nisso.
DEixe-me divagar.
Primeiro, a parte alimentar:
cada pessoa, para existir, precisa de x watts de energia por hora (ou calorias ou outra qq unidade de energia; x é cerca de 100W); a partir da energia que recebemos do Sol, quanto energia conseguimos utilizar? ou seja, quanta energia alimentar pode este território produzir? Não esquecer que os adubos consomem energia para serem fabricados.
(actualmente creio que só produzimos metade das nossas necessidades alimentares, não é?)
Depois, há mais uma data de energia que consumimos na forma de electricidade e combustíveis; esta energia, numa óptima de sustentabilidade, também terá de vir do Sol (indirectamente, é claro)
É preciso reparar que é irrelevante utilizar um terreno com aptidão agricola para biocombustíveis, células fotoeléctricas ou parques eólicos; são apenas 3 formas de transformar a energia solar na energia que utilizamos. Ou seja, não é melhor "plantar" células fotoeléctricas em terrenos agricolas do alentejo do que plantar "biocombustíveis."
Mas os meios tecnológicos podem e devem ir buscar a energia do Sol onde as plantas não podem,isto é, serem instalados em terrenos sem vocação agrícola.
Depois, temos ainda o mar. Mas grande parte da energia recebido no mar é consumida no ciclo hidrológico, que tem de ser mantido; em consequencia, só uma pequenina parte da energia que cai sobre o mar pode ser utilizada.
Fazer as contas com uma base regional pode permitir chegar a algumas conclusões interessantes.
Por exemplo, deixar de pensar em termos de "fome" no mundo. Porque o que existe em muitos casos é apenas um problema de sobrepopulação - o número de pessoas que existe em determinado território exige mais energia do que a energia que se pode aí aproveitar.
Na Somália há fome ou há sobrepopulação?
Temos de ganhar consciencia do problema energético e aprender a viver nele e não podemos ficar à espera do fim do petróleo; nem pensar que vai ser inventada uma qualquer fonte de energia miraculosa que vai substituir os combustíveis fósseis, porque não vai: a energia que existe, que mantém o planeta vivo, é a que vem do Sol! (a geotérmica e nuclear são muito limitadas)
Claro, há uma possibilidade; podemos ir buscar energia do Sol ao espaço; mas para isso vamos ainda precisar de gastar muita energia...
No último século, a população quase decuplicou em quase toda a parte; não estamos tão longe dos limites de sustentabilidade que nos possamos dar ao luxo de os ignorar.
Breve nota de esclarecimento sobre o “coeficiente de caganço “
Conheço este calão de duas origens vernáculas diferentes. Começo pela militar. Em cavalaria ( uma arma que não se considerava nem melhor nem pior que as outras, mas apenas “diferente” ), “caganço” era uma forma de estar sempre emproado, qual pavão em corte nupcial, particularmente recomendável, e o militar de cavalaria deveria pautar a sua apresentação por esse género de “caganço perene”e assim distinguir-se dos comuns “tijolos” ( os de infantaria ) também conhecidos por “básicos”, um depreciativo genérico para todo o que não fosse de cavalaria ou que, sendo-o, não se apresentasse com o devido “caganço”.:))
Mas caganço é também expressão corrente nas faculdades de engenharia. No cálculo de uma estrutura de betão armado, por exemplo, se as tabelas indicam seis vergas de ferro de 8 mm para aquele vão, o projectista ( não vá o diabo tece-las ) arredonda para cima e manda construir a viga com ferro de 10 mm - aqueles dois mm extra considerados à margem dos cálculos são o “coeficiente de caganço”.
É nesta acepção de receio mas em sentido inverso que o utilizo neste texto, isto é , perante a óbvia dificuldade de cálculos globais e respectiva organização de tabelas, seria sensato que , por uma questão de caganço, não se pressionasse a capacidade de carga nem sequer para perto daquilo que se possa supor ser o seu limiar de tolerância.
Francisco,
Ao menos na "burrice" não estamos sós, se isso nos serve de algum consolo. A tentativa de resolver os problemas do mundo sem que se seja capaz de resolver os que temos em casa, está mais generalizada do que possa parecer. A pose de "caganço" ( militar:) dos auto-arvorados vice-deuses do conhecimento, esses mesmos que preconizam "sementeiras de ferro no Pacifico" ou bombagem para a superficie de águas profundas para aumentar a taxa de absorção do CO2, continuam a ser parte do problema. Confesso-lhe que tenho mais receio dessa burrice ilustre que da saloia ;)
Divaga bem, meu amigo Alf !
Um dia destes vamos dicordar naquela nota sobre os usos alternativos de um terreno agricola. Embora perceba o seu ponto, tenho de deixar nota de que a fertilidade natural do solo agricola não é algo que se "monte de desmonte" como se pode fazer a um parque eólico ou fotovoltaico.Há aspectos intimamente associados à fertilidade, como a compactação, que não se resolvem senão com recurso a engenharia pesada que como se sabe não se move a vento...;)
Gostei do que disse sobre a Somália e concordo consigo. Claro que há quem oponha a possibilidade de deslocação transcontinetal de recursos, e nada teria contra se estivessemos a falar da transitoriedade de um problema conjuntural ( seca, p.e ), mas não é dessa natureza o desacerto entre população e recursos, como é o caso.
Espero que a encomenda lhe tenha saido a gosto ;)
Caro Manuel Rocha:
Apreciei o seu texto. Devo mesmo dizer que tenho apreciado a abordagem que faz aos problemas ambientais. No caso deste texto em particular, julgo que seria interessante ( para mim seria, seguramente ) algum desenvolvimento dos tópicos que deixa no seu último parágrafo. Fica a sugestão.
Cumprimentos
Gostava que o Manuel nos dissesse se incluiria instituições como o Banco Mundial ou a FAO no conceito de "burocracias" globais para cujos perigos alerta.
Gostei do texto, dos comentários e em particular gostei muito dos seus esclarecimentos relativos ao "coeficiente de caganço" de que nunca tinha ouvido falar...ehehhe !
Florbela
o Manuel continua a ser brilhante. E então com as explicações complementares sobre conceito de "caganço", foi colossal.
Em primeiro lugar permita que lhe dê os parabens pela qualidade de escrita e conteudo deste seu blogue. Relativamente ao tema, o mundo sofre de uma crise organizacional profunda, crise cultural, valores e conceitos, crise de atitude, coragem e intervenção. Resta encarar o futuro com prudência e responsabilidade, e acima de tudo com politicas serias e empenhadas.
C Tavares:
Tomei nota;)
Florbela:
A menina faça o favor de não me obrigar a dizer coisas que eu não devo ;)
F Dias:
Pois fique sabendo que o meu esclarecimento tem um erro colossal: na tropa dizia-se "cagança" e não "caganço":)))
Fica feita a rectificação ;)
Illuminatus:
Obrigado pela visita e pelas palavras.
"Um deles é o de remeter para uma burocracia global ( mercado do carbono, p.e.) que, ao tentar estabelecer-se, instala um tipo de racionalização necessariamente simplificadora."
Na minha opinião qualquer burocracia global nesta direcção, mesma que fosse globalmente positiva para o Mundo e que o CO2 fizesse aa terra ferver numa dúzia de anos está condenada ao insucesso.
A) A razão é que os interesses não são compatíveis: Uma Rússia nortenha gélida não olha para o "problema" com que olhará a África equatorial.
B) "Alunos" algorianos bem comportados, ou seja a cumprior Quiotos e quejandos ficam prejudicados face a quem mandar o CO2 às urtigas. E é muito díficil, para não dizer impossível, "obrigar" países a comportar-se bem sem custos exorbitantes. Logo o melhor é, se não os podes dobrar, junta-te a eles...
Alf
"a partir da energia que recebemos do Sol, quanto energia conseguimos utilizar"
O problema não me parece ser a falta directa de alimentos (mas se a população aumentar lá chegaremos!) mas sim a dificuldade de troca de alimentos por serviços que desejemos.
A Somália não era nenhum problema se pudessemos fazer lá turismo... basicamente é o que acontece com Lisboa e o resto do país!
O basear a nossa alimentação nas primeira cadeia trófica (vegetais) aumentaria significativamente a energia metabolica disponível. E existe muita produção vegetal e animal que não é incorporada na alimentação. Estou a pensar p.e. nos oceanos a nível do zoo e fito plancton.
Mas para quê complicar/levar perto do limite, existindo políticas de natalidade tipo chinesa?
"é irrelevante utilizar um terreno com aptidão agricola para (...)parques eólicos; A razão espaço ocupado/energia é capaz de não ser muito má neste caso...
"Mas os meios tecnológicos podem e devem ir buscar a energia do Sol onde as plantas não podem,isto é, serem instalados em terrenos sem vocação agrícola."
Eu aceitaria a produção de biocombustíveis se fosse economicamente vantajoso. Aliás seria muito difícil impedir tal a nível global...
"(a geotérmica e nuclear são muito limitadas)"
Está a esquecer a fusão!...
Viva,
Primeiro uma pergunta: quem vai a pé para o emprego tem direito a um coeficiente maior? Espero que sim, ou lá vão os meus pastéis de nata...
Agora a sério: apreciei imenso o post. É como diz o cliché, pensa globalmente, aje localmente. Para lhe dar uma ideia chocante na qual bater quando estiver mais chateado, fica informado que a bela ilha vulcãnica onde resido actualmente tem a sua electricidade com origem num gerador a gasóleo e há apenas uma pequena (tão pequena que é actualmente um local de visita turística) tentativa de aproveitar as fontes geotérmicas para electricidade. Passei a ter medo de ligar o interruptor. A minha pegada ecológica vai tornar-se igual à do Godzilla...
Eheheh !
Manuel, longe de mim obrigá-lo ao que quer que seja ! Mas lá que gostava de saber a sua opinião, isso gostava. Estou com a Rita: era apenas mais uma ideia para o Manuel "bater quando estiver mais chateado"!
Ehehe!
Releio o texto e fica-me a questão dos limites da noção de proximidade geográfica. Qual seria o critério de comunicação que sugeria ?
Florbela
porque é que o manuel consegue reunir aqui todos os ambientalmente positivos e ao meu blog vai parar o esquadrão da preguiça, a refilar comigo por ter dito que andem mais a pé e menos de carro? plantou salsa para atrair as joaninhas, foi? é que o seu blog é uma concentração de auxiliares e o meu atrai pragas...lolol
Florbela,
O meu critério seria sempre o da sustentabilidade ( energética, claro ) regional.
Rita,
Vou ver se convenço algumas destas "joaninhas" a pousarem no seu quintal. Não sei é se terão asas para tanto mar...:)))
"É que, na grande escala, a necessidade de traduzir a realidade por indicadores para a compreender, reduz a variáveis aleatórias a essência do que se pretende representar. Aleatórias porque as medidas de tendência central, sejam médias, medianas ou normas, reduzem necessariamente os limites (distribuição) do universo em estudo a uma identidade fictícia que tem um valor indicativo mas não é medida de governabilidade de grande escala."
É impressionante como o corpo de conhecimento da Ecologia (ciência) se aplica completamente à política e aos seus suportes satélites, como é o caso da Economia - transformada actualmente num quase oráculo, mas que não passa de uma disciplina da referida ciência.
Desafio-vos a espreitar por aqui: http://umjardimnodeserto.nireblog.com/post/2008/05/20/nao-ao-tratado-de-lisboa-%e2%80%93-europa-libera
e a fazer um exercício de reflexão sem preconceitos sobre o assunto.
Ui tanta divagação, argumentação e outros ãos... não tenho tempo para ler isto tudo! :)
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