sábado, 29 de março de 2008

Natureza de Massas


Dou sequência ao post anterior para concretizar as minhas reservas à expansão do projecto Escola na Natureza ( pelo menos ao que dele consegui apurar ) promovido pelo ICNB.
A primeira reserva que coloco é que este projecto não me parece que esteja articulado com projectos de educação ambiental (EA) que estejam em curso nas escolas. Por uma razão simples: estes projectos não existem ou estão longe de adquirir uma estrutura conceptual e metodológica consolidada !
As iniciativas ditas de EA que se encontram, são por isso somatórios de eventos associados a generalidades ( reciclagem, aquecimento global, furo no ozono, alterações climáticas…) e não parte integrante de um conceito estruturado . Por isso elas não acontecem com a naturalidade com que a EA deveria estar presente no ensino como preocupação transversal e multidisciplinar.
Logo, se a louvável intenção de apoio logístico do ICNB tivesse por interlocutores projectos escolares de EA devidamente estruturados e em curso, em cujo processo fosse objectivamente relevante a visita a uma Àrea Protegida ( AP ), nada teria a dizer. Na falta deles arrisca-se, a meu ver, a potenciar iniciativas que as escolas contabilizarão como “projectos de EA”realizados, mas cujo processo será a preparação logística da “visita” e o produto, a “visita”. Quando muito, o professor carola de serviço produzirá e fará editar o respectivo “caderno de viagem”.


O segundo aspecto que me merece reserva, é constatar que o ICNB acredita que antes e depois, o “dia V” será um acontecimento marcante para os que nele participarem. Marcante, concedo. Ambientalmente marcante, duvido.
Duvido desde logo porque da fase experimental não encontrei relatórios de avaliação com incidência nesse aspecto, e em seguida porque não me parece que na estrutura do ensino haja professores qualificados em quantidade suficiente para fazer uma abordagem curricular do ambiente que se demarque dos lugares comuns de alguns panfletos conservacionistas e do filme do Senhor Al Gore. Apareçam professores capazes de fazer uma aula sobre ambiente a pretexto do giz com que escreve no quadro ou do parafuso que prende o quadro à parede, ou da chamaerops humilis que cresce nos descampados das traseiras da escola, que retiro na hora o que acabo de escrever e irei de bom grado a pé até Fátima como auto-penitência.


A terceira reserva tem a ver com o repisar do erro de que tudo o que de educação compete à sociedade terá que passar pela escola.
De instituição de ensino, a escola fez o respectivo “up-grade” para infantário, pai, mãe, família, restaurante, sexodromo, vizinhos, sociedade ….e agora também a promotora de viagens à natureza! Bem…com tantos afazeres , alguma coisa terá que sobrar ou ficar menos bem feita, como se tem visto à saciedade.
A meu ver, todas as actividades não rotineiras que a escola possa promover serão uma mais valia educativa se e apenas se enquadradas numa rotina subliminar de objectivos pedagógicos bem estabelecida . Existe ?É que se não existe receio que fiquemos apenas com um saco de eventos sem carácter aglutinador. O activismo pode ser tão “bonito” quanto inconsequente, e neste caso pode redundar num brilhante estilhaçar de recursos.


A quarta e última questão é que este tipo de happenings ( estadia em AP ) podem facilmente agravar no espírito da cidadania uma dicotomia já existente que considero deformadora. A ela já me referi noutras ocasiões, mas creio que vale a pena recapitular.
Se procurarmos os denominadores comuns à ideia que se tem de ambiente, é provável que encontremos uma sólida concentração de noções em redor de conceitos do que se passa no “exterior” e sempre que possível em contexto “não urbano”. O “natural” afirma-se pois como cerne do conceito de “ambiente”, por oposição ao que é fabricado pelo humano, e isto é uma deriva terrível.
Terrível porque faz com que fique cada vez mais fora de questão para a maioria dos educadores, que a ligação prática ao ambiente possa ser tratada em contexto doméstico ou escolar. Sendo estes considerados “ambientes não naturais”, a prática da EA em meio escolar tende a reivindicar equipamento especifico, “natural”, como material didáctico: um parque temático, uma quinta pedagógica, um oceanário , uma AP, whatever , a que muito prosaicamente se tende a chamar “equipamentos de EA” e sobre os quais decorrem, até, teses de doutoramento.
Consequentemente, fabrica-se “natureza” para criar… oferta de natural e promover o consumo de massas da natureza.
É o caso!
E é dos contactos esporádicos e em massa com estes produtos naturais-artificiais que se espera que resulte o quê? Propensão conservacionista travestida de higiene pública( “ ponho o vidro no vidrão e o papel no papelão para ajudar o ambiente ?”)? Propensão reformista em nome duma eficiência energética mais amiga do ambiente ( “vamos mandar para reciclagem 1 M de frigoríficos em bom estado porque os novinhos A+ ou A++ são mais amigos dos passarinhos ?”) ? Apetência para consumir mais natural , que é bom ? Que tipos de natural ? Linho ou algodão ? Couro ou lã? Água das Caldas ou de Evian ? Paisagem ou paisagem protegida ? E porque é que umas são protegidas e as outras nem por isso ? E porque é que os cidadãos que vivem nas protegidas são discriminados e tratados como cidadãos de segunda? Também é natural ? Ou esse aspecto passa à margem do programa da visita?

É na (re)construção destas questões com as quais convivemos diariamente e muitas vezes de forma perfeitamente alienada , que se faz EA. Só o desenvolvimento duma consciência critica materializável no quotidiano ( e não em investidas pontuais, esporádicas à “natureza”) pode conduzir a melhores práticas duradouras de gestão de recursos e de interacção com o outro.
Por isso, as preocupações ambientais devem ser parte integrante das politicas, e não politicas dispersas por instituições que conduzem a duplicações de processos e à consolidação de um novo tipo de burocracia ambiental. Da mesma forma que todo o território é um bem patrimonial a cuidar e a gerir, a EA deve constituir-se como um todo de valores que se respirem com naturalidade na escola ou fora dela.
Assim o ICNB tenha capacidade para explicar isto aos professores que têm a boa vontade necessária para fazer EA nas escolas e potenciará bem melhor os seus recursos. Sugestões ? Com todo o gosto: proponha protocolos de colaboração às DRE e aos Centros de Formação Regionais ( sempre ávidos de bons projectos )e disponibilizem-se formadores de ambiente capazes de ir além da abordagem do tema sob o importante mas insuficiente ponto de vista da biologia conservacionista. Importa que se tenha presente que os programas proteccionistas e conservacionistas de que as AP são símbolo, são o remendo possível na recusa de bem ordenar e bem gerir território e recursos. Resolvesse-se isso e não teríamos que (re)fazer campanhas( infrutíferas ) para salvar o lince e a serra da Malcata.

Em conclusão, as minhas reservas ao projecto "Escola na Natureza" nada têm a ver com “não querer que as pessoas não tenham oportunidades”, mas de querer que essas oportunidades não descambem no cultivo de mera irrelevância quantitativa por falta de enquadramento qualitativo e de melhores ideias para a prática da EA em contexto escolar. Caso contrário, o relatório dirá que 130.000 estiveram três dias em AP’s. Pois sim , com certeza! Mas com que resultados ?
Obviamente as reservas que expus não obstam o meu sincero desejo de que a iniciativa seja um êxito retumbante. Nesse caso, e para que o resultado final possa ser justamente aplaudido, conviria que a avaliação que venha a ser feita não se limite a verificar o sucesso da organização logistica. Num porcesso destes, importam resultados medidos ao nivel de conhecimentos e atitudes ambientais estabelecidas como objectivo. Se não existirem, a etiqueta de "animação" que lhe possa vir a ser colocada será perfeitamente merecida.

21 comentários:

Anónimo disse...

"Apareçam professores capazes de fazer uma aula sobre ambiente a pretexto do giz com que escreve no quadro ou do parafuso que prende o quadro à parede, ou da chamaerops humilis que cresce nos descampados das traseiras da escola, que retiro na hora o que acabo de escrever e irei de bom grado a pé até Fátima como auto-penitência."

Ehehe!

Bem, o Manuel que se cuide porque com "ensaboadelas" destas um destes dias arrisca-se a ter de cumprir a auto-penitência que se propõe...

Indo ao sério, acho que demonstra bem as suas reservas e devo dizer que concordo com elas. É verdade que as actividades extra programa que se realizam nas escolas estão normalmente "desligadas" porque não estão pensadas para um objectivo aglutinador. Se não formos capazes de alterar isso a utilidade destas iniciativas será quando muito marginal.

Florbela

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Li com atenção o seu post e devo confessar que concordo com o sentido das quatro "reservas" à "expansão do projecto Escola na Natureza". Talvez lembra-se aos seus "arquitectos" que também o homem é um ser de/na natureza! Parece-me que a sua reflexão caminha no sentido de romper com essa velha dicotomia, precisamente aquela que desde Descartes tem justificado a exploração da "natureza". Ora, o próprio homem tomado até aqui como maquinista também não está a salvo: a locomotiva (capitalista) acelera já sem maquinistas... :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Peço desculpa pelos erros que escaparam... :(

Anónimo disse...

Manuel,

Acho que explicou bem porque não aplaude a iniciativa.
A dúvida que me fica é em que contexto concreto será viável a abordagem da educação ambiental que defende.

Um bom fim-de-semana !

Matilde

Manuel Rocha disse...

Florbela,

Seria uma penitência feita com gosto, acredite...:)

Vejo que identifica com clareza as fragilidades do sistema –ensino para “encaixar” de forma proveitosa iniciativas como a que está em causa.


Francisco,

A “dicotomia” de que falamos está a criar “ilhas territoriais” fora das quais se (ab)usa do território e dentro das quais existe uma espécie de “reserva de índios” para apreciadores do etnográfico. Fazer a apologia destas equivale a dar a entender que “cá fora” se pode continuar a abusar que ao menos temos a “ reserva” ! Não defendo de todo o fim das AP’s, mas é altura de ( e estamos a tempo de ) olhar para o restante património territorial com alguma atenção, pois o ambiente “natural” das AP’s não é um compartimento estanque à acção externa, e as burocracias ambientais instaladas tendem a esquecer-se disso.
Vejo pois com reservas a integração da escola nesta lógica neo-verde. Não sei é se haverá volta a dar-lhe…

Matilde,

Acha que me baldava aos aplausos sem boas razões ?..:)

Fernando Dias disse...

Esta minha cabeça não tem remédio,

Que força é essa amigo
Que força é essa que trazes contigo
Tu dizes que é marginal
Eu digo: éh Manuel !!

Por seu lado o Francisco com – “o homem é um ser de/na natureza”, em mim soa como música poética… e não há nada a fazer. Há mais de uma hora que não me sai da cabeça aquela poesia de António Gedeão cantada, na fala do Homem Nascido, que é assim:

Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.

Anónimo disse...

O autor deste blog é daqueles gajos que não perde uma oportunidade para desancar nos professores. Prece-se bem porque é que lá más atráz alguém te chamava aceçor da ministra. Á aí outros lacaios do sócrates que dão para o mesmo peditório. Gostava de os ver de troxa ás costas a andar de um lado pró otro a aturar dentro de uma sala de aula os filhos que vocês não sabem educar, mas mesmo assim sabem mandar umas bocas sobre como os otros devem fazer-lo. Neste poste até tens uma certa razão. Mal me pagam para aturar os putos na escola quanto mais fora dela. Quem quiser que os leve para os parques, e por mim até podem ficar por lá.

Luis

Manuel Rocha disse...

Caro Luis,

Vejo que devemos ter andado juntos na primária, uma vez que me trata por “tu”. Lamento, mas sinceramente não faço ideia de quem seja e por isso não retribuo a familiaridade.

Agradeço-lhe o comentário.
Gostava de lhe responder de forma mais concreta à questão que coloca relativamente à minha eventual “relação” com a Senhora Ministra da Educação mas não faço ideia o que possa ser um “aceçor”. Se me esclarecer, responderei com todo o gosto.

Quanto a “desancar” nos professores, não generalizemos, pois há casos em que nem se justificaria o esforço. Erros de casting, como parece ser o seu caso.

alf disse...

manuel, eu tenho uma visão muito diferente destas coisas. Eu penso que se deve as pessoas pensarem pela sua cabeça o mais possível e orientar-lhes o pensamento o menos possivel.

Eu vejo os mesu sobrinhos pequenos a lerem os livros que têm de ler para a escola. E como é que os lêem? Sublnhando, tomando notas, porque terão se de ser examinados sobre o livro.

Ora isto é terrivel. É estragar por completo o prazer de ler, a autonomia de ler. Se não fosse assim as crianças não liam? Ora, assim, todos vão ficar a detestar ler, se não fosse assim alguns poderiam gostar de ler.

Não me lembro de algum colega que tenha passado pela traumatizante experiencia de dividir orações dos Lusiadas que alguma vez tenha apreciado a obra ou lhe ocorra ir lê-la.

Deixe as crianças contactarem a natureza, deixe-as usufruirem, maravilharem-se, e elas serão as primeiras a preocuparem-se com o ambiente.

Como é que o amigo manuel desenvolveu esse conjunto de preocupações que o move? Foi algum professor que o ensinou? Ou descobriu por si?

É que, como disse não sei quem, só sabemos verdadeiramente o que descobrimos...

Manuel Rocha disse...

Caro F Dias,

Sabe o que lhe digo ?

"Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham"

:))

Manuel Rocha disse...

Alf,

O meu amigo anda tão ocupado a desvendar os mistérios do discurso do Papa ( e eu também à sua conta...) que me leu os posts à pressa.
:))
Veja lá melhor que a maioria das suas questões que levanta até estão por ali esclarecidas...:)

alf disse...

manuel, até é capaz de ter razão ehehe... pôs lá a palavra "Fátima" e deve ter-me desviado o pensamento...

O que diz faz-me nascer a percepção que no ensino falta uma área: aquela que introduz os alunos à problemática da gestão da sociedade.

Na escola ensina-se muito sobre artes e ciências mas muito pouco sobre a sociedade humana actual.

Por isso os alunos não saem a par dos problemas de gestão ambiental, nem política nem económica nem outra qualquer.

Pode ser por isso que estas acções são desgarradas: falta o enquadramento que só uma nova atitude da escola, que tem de assumir a necessidade de preparar os alunos para a sociedade de hoje, pode dar.

Será?

Manuel Rocha disse...

Alf,

É esse o ponto central da questão:
pensamento crítico e perspectiva sistémica capazes de encarar o quotidiano de forma integradora e de "sonhar para a frente" como diria o Francisco.

Se as novas gerações não conseguirem dar esse passo irão limitar-se a reproduzir as "cavaladas" que temos andado a fazer, nomeadamente na educação dita "ambiental".

Anónimo disse...

Manuel disse "A meu ver, todas as actividades não rotineiras que a escola possa promover serão uma mais valia educativa se e apenas se enquadradas numa rotina subliminar de objectivos pedagógicos bem estabelecida"

HPS disse (no post da Ambio)
"O projecto descreve-se em poucas linhas: consiste em levar (...) numa área protegida usada como recurso para a escola leccionar o programa lectivo normal."

A oportunidade está lá, não obrigatoriamente para leccionar EA (que falta talvez definir melhor) mas porque não aproveitar esta oportunidade - ou toda e qualquer "visita de estudo" - para fazer a ligação entre a escola e (parte d)a realidade?
Será que uma visita, promovida por um Grupo de professores de História, ao Castelo de Almourol não pode ser aplicada transversalmente a (quase) TODAS as disciplinas? Não será falta de imaginação (de alguns)dos professores em atribuir um "caderno de encargos" aos discentes com a finalidade de obter "dados de campo" que possam ser trabalhados posteriormente na "especificidade" de uma Matemática, Ciências, Português,...

Manuel Rocha disse...

Perfeitamente de acordo, Osvaldo.

Acaba portanto por tocar no ponto central da minha argumentação, ou seja, que para criar essa importante transversalidade não parece ser necessario criar mais burocracias.

Porque depois há o reverso da medalha, ou seja, depois de criada a burocracia tem que justificar a sua existência arregimentando clientela. Ora é nessa fase que poderá ser irrelevante se a visita à AP tem o enquadramento devido.E para alguns professores é uma "actividade de EA" disponível, logo...

antonio ganhão disse...

Hoje, a propósito de um suplemento alimentar retirado do mercado, por representar perigo para a saúde, alguém recordava que pelo facto de um produto ser considerado natural, isso não oferecia a garantia de que este faça bem à saúde ou seja inócuo.

Certos suplementos ambientais podem também não ser inócuos…

Anónimo disse...

http://www.seta.org.pt/default.htm

Manuel Rocha disse...

A quem possa interessar:

A resposta do Dr Henrique Pereira dos Santos a este post encontra-se no respectivo blog "Ambio" ( link ali na lista do lado).

Anónimo disse...

Só agora achei este sítio através do link ao post "Elementar, caro Watson!" que o Joshua colocou lá no seu Palavrossaurus Rex.
Fui lendo e vim parar a este interessante texto.
Já fui ler também a resposta do arquitecto paisagista (qual dr, nem meio dr) Henrique Santos, mailos respectivos comentários, e digo-lhe que me fartei de rir, com frases como estas, e transcrevo:
- Os objectivos da iniciativa para o ICNB são de uma clareza cristalina: permitir que todos os portugueses, a prazo, tenham tido a oportunidade de ter uma experiência positiva de visita a uma área protegida.
- Há trinta anos que o ICNB faz educação ambiental, isto é, acompanha escolas.
-Mas estamos de acordo quanto ao facto de que não cabe ao ICNB investir na melhoria do ensino.
- eu sou um burocrata de profissão que acredito nas virtudes de uma burocracia inteligente.
- E por isso em vez de discutir o sexo dos anjos preferimos tentar actuar sobre um problema central da política de conservação da natureza em Portugal: a ausência de integração social do conceito de área protegida no quotidiano das pessoas.

Em nome da saúde do meu fígado e não só, resta-me agradecer-lhe o ter encetado esta discussão e provocado a resposta do rapaz (em inglês diz-se boy) desejoso de protagonismo e protagonismo chamado Henrique.

Vou-me daqui ainda a rir.

Anónimo disse...

Portanto do que me pareceu da sua eloquente reposta ao Sr. Henrique é que o melhor é continuar tudo na mesma ou tem realmente uma melhor sugestão? Obviamente não contando com a da parceria com o Ministério da Educação, que, à partida, me pareceu, que fosse uma piada ou ingenuidade de alguém que nunca teve de gerir um protocolo de colaboração com essa instituição através das DRE.
Pelo que fico a aguardar com ansiedade que partilhe as suas sugestões, as sérias, claro!

Paula

Manuel Rocha disse...

Zé de Portugal,

Obrigado pela visita.

Paula,

Se conseguir explicar-me porque é que quem apresenta reservas a um projecto deve ter na manga uma alternativa, eu ficaria imensamente agradecido.
A sua linha de raciocinio apoia-se na interessante premissa de que "se não tens alternativa, cala.te". Por conta de outras que tais, navegamos entre marés de pragmatismos inconsequentes, excepto, claro, para as "indústrias" e os "egos" que alimentam!
Quanto aos protocolos, dizem-me os anos que tenho destas coisas (que talvez você não tenha ) que antes de mais nada eles dependem do engajamento das pessoas que os gerem. E tb não percebo porque é que resultaria com as escolas individualmente e não no contexto de acções coordenadas com um garuzinho qualquer de exigência ao nivel dos objectivos.
Volto sempre e traga melhores argumentos, se possível.